sexta-feira, 19 de abril de 2013

O jornal e a notícia


          Todo jornal impresso ou televisionado é recheado de notícias, as quais fazem parte do nosso cotidiano e são importantes para nos mantermos atualizados!

           Mas o que vem a ser uma notícia? O que ela precisa ter? Como é feita?

           Você tem curiosidade em saber: então, vamos lá!

Notícia é um substantivo feminino e tem significado de informação, conhecimento, notificação. No âmbito da imprensa quer dizer o resumo de um acontecimento ou de um assunto!

Portanto, um resumo não pode conter muitas linhas! A notícia deve comunicar o fato e não traçar argumentos sobre ele.

O noticiário na TV ou a notícia no jornal deve responder algumas questões, como: 1. qual é o acontecimento; 2. Onde ele ocorreu: em que cidade, estado, país?; 3. Quando aconteceu: que dia, mês, ano?; 4. Por que aconteceu: o que está por trás? e 5. Quais foram as possíveis consequências?.

A notícia é composta de duas partes: a manchete e o texto.

Manchete: resume a notícia em poucas linhas (2 a 3) e tem o objetivo de atrair o leitor para ler o texto.

Texto: os fatos narrados do acontecimento em questão.

Deste modo, quem escreve notícias deve ser um bom escritor, pois as palavras devem ter combinações tais que atraiam leitores e telespectadores!

Você sabe o que é um redator? Quando um jornal televisivo acaba, pode prestar atenção, os nomes dos redatores são apresentados!

No jornal falado, a presença de redatores, locutores e sonoplastas é muito importante!

Os redatores são responsáveis por observar os fatos do dia, selecioná-los e redigir as notícias sobre eles!
Os locutores são os apresentadores de tais notícias e os sonoplastas os que dirigem o fundo musical, como por exemplo: a música de abertura do jornal.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/redacao/o-jornal-noticia.htm


Leia mais e veja outro exemplo de notícia

 Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%

Ritmo Aumentou em um ano, segundo INPE;
Ministério anuncia maior fiscalização

DEMÉTRIO WEBER
BRASÍLIA – O ritmo de desmatamento na Amazônia cresceu 14,9% no período de um ano, entre agosto de 1999 e agosto de 2000, o que representa a devastação de 19.832 quilômetros quadrados. É o que mostra estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada ontem pelo Ministério do Meio Ambiente. Com isso, o desflorestamento na Amazônia já atinge mais de 589 mil quilômetros quadrados, área superior à da Bahia. A projeção é preliminar e foi feita com base em imagens coletadas por satélite. Estimativa já finalizada. com dados de agosto de 1998 a agosto de 1999, indica que a velocidade de destruição da floresta permaneceu estável em relação ao mesmo período anterior – a média de desmatamento foi de 17 mil quilômetros quadrados a cada 12 meses.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) considerou o ritmo de desflorestamento “extremamente elevado” e “insustentável a longo prazo”. “Se fo-rem mantidas as médias anuais de desmatamento registradas na década de 90, em menos de dez anos a Amazônia perderá uma área de floresta equivalente a todo o Estado do Acre”, diz nota divulgada pela entidade. O documento destaca que, desde 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, já foram destruídos 114.925 quilômetros quadrados na região. Diante da projeção anunciada pelo Inpe, o ministério decidiu aumentar o rigor nas autorizações de desmatamento em 43 municípios de Mato Grosso. Pará e Rondônia. Esses Estados – têm respondido por 80% do desflorestamento nos últimos anos. De 1997 a 1999, essas 43 cidades foram responsáveis por 5í% da área devastada na Amazônia
[...]
O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 maio 2006. (Fragmento.)


Nessa notícia jornalística observa-se que a linguagem é objetiva, formal, segue a variedade padrão, e os dados são precisos ("devastação de 19.832 quilômetros quadrados"). O narrador procura informar ao leitor a realidade dos fatos sem fazer observações pessoais, e emprega a 3ª pessoa ("desmatamento na Amazônia cresceu").

A notícia apresenta quatro partes principais:

* a manchete ou título principal: "Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%";
            * o título auxiliar: "Ritmo aumentou em um ano segundo INPE; ministério anuncia maior fiscalização”;
* o lide (do inglês lead), que corresponde a todo o primeiro parágrafo;
* o corpo ou texto da notícia, que vai do segundo parágrafo até o fim.
Essas partes podem ser encontradas na maioria dos textos noticiosos, e cada uma cumpre uma função especifica. Para começar, o título busca atrair a atenção do leitor e anunciar, em poucas palavras, o conteúdo do texto. O verbo quase sempre aparece no presente (cresce) e os artigos são dispensados (em vez de O desmatamento cresce, apenas Desmatamento cresce). Da mesma maneira, adjetivos e advérbios devem ser evitados: se o redator tivesse escrito "Desmatamento na Amazônia tem crescimento espantoso" ou "Desmatamento na Amazônia cresce muito", não estaria sendo tão preciso quanto conseguiu ser mencionando a taxa desse crescimento (14,9%).
O título auxiliar deve complementar o principal, acrescentando-lhe Informações. O primeiro parágrafo, ou o lide, deve responder às perguntas básicas do jornalismo: o que, quem, quando, onde, como e por quê. Nesse caso, temos:

* Quem: o ritmo de desmatamento.

* Onde: na Amazônia.

*O que: cresceu.

*Como: 14,9%.

*Quando: no período de um ano (agosto de 1999 a agosto de 2000).

*Por quê: neste caso a pergunta não é respondida explicitamente – subentende-se que a floresta foi desmatada porque certos grupos (madeireiros ou pecuaristas, por exemplo) teriam interesse nisso. Observe que o quem não necessariamente refere-se a um ser humano. Nesse caso, é representado pelo ritmo de desmatamento.

O corpo ou texto da matéria procede ao desenvolvimento mais amplo e detalhado dos fatos. Observe que as informações são verídicas, atuais e relevantes. Há o predomínio da função referencial, já que esse texto visa à informação.



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