quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Gêneros semelhantes às Memórias


Exemplo do gênero diário

Minha vida de menina

Quarta-feira, 28 de agosto [de 1895].

Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste!
Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha, e deu-me um vestido. Beijou-me e disse: “Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozinha que lhe quer tanto”. As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando como está, vovó não se esquece de mim e de meus deveres e que eu não fui o que devia ter sido para ela. Mas juro por tudo aqui nesta hora que vovó melhorando eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai me dizer: “Já estudou suas lições? Então vá se deitar, mas procure antes alguma coisa para comer. Vá com Deus”.

Helena Morley. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras. Publicado em 1942, aos 62 anos.

Helena Morley, pseudônimo usado por Alice Dayrell Caldeira Brant. A autora nasceu em Diamantina, em 1880, e faleceu em 1970, no Rio de Janeiro.
O diário de Helena Morley foi escrito no século XIX, ao longo de três anos, e publicado quarenta e sete anos depois, com o título Minha vida de menina.


Exemplo de relato histórico

Mercador de escravos

Quando eu morei na Nigéria, ouvi de vários descendentes de ex-escravos retornados do Brasil que seus antepassados trouxeram consigo um saquinho de ouro em pó. E que os menos afortunados desembarcavam em Lagos com os instrumentos de seu ofício e alguns rolos de tabaco, mantas de carne-seca e barriletes de cachaça, para com eles reiniciar a vida. É provável que tenha sido também assim, com seu contrabando de ouro ou o seu tanto de fumo e jeritiba, que alguns dos traficantes brasileiros instalados no golfo do Benin começaram os seus negócios.
Não foi este, porém, ao que parece, o caso de Francisco Félix de Souza. A menos que estivesse mentindo quando disse ao reverendo Thomas Birch Freeman que chegara à Costa sem um tostão e que foram de indigência os seus primeiros dias africanos – confissão corroborada por um parágrafo de Theophilus Conneau, no qual se afirma que Francisco Félix começou a carreira a sofrer privações e toda a sorte de problemas. Outro contemporâneo, o comandante Frederick E. Forbes, foi menos enfático, porém claro: Francisco Félix era um homem pobre quando desceu na África.
Que ele tenha, de início, como declarou, conseguido sobreviver com os búzios
que furtava dos santuários dos deuses não é de estranhar-se. Os alimentos
eram muito baratos naquela parte do litoral. Numa das numerosíssimas barracas cobertas de palha do grande mercado de Ajudá, recebia-se da vendedora, abrigada sob o teto de palha ou sentada num tamborete atrás do trempe com seu tacho quente, um naco de carne salpicado de malagueta contra dois ou três cauris. Custava outro tanto um bocado de inhame, semienvolto num pedaço de folha de bananeira e encimado por lascas de peixe seco. E talvez se obtivesse por uma só conchinha um acará.
Alberto da Costa e Silva. Francisco Félix de Souza, mercador de escravos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Editora da UERJ.
Publicado em 2004, aos 73 anos.

Nesse relato histórico, o autor procura reconstituir a vida de uma personagem importante da história do Brasil, Francisco Félix, o Chachá, um mercador de escravos. Os fatos relatados por Alberto da Costa e Silva são fruto de investigações que ele realizou ao longo de quase sessenta anos. Observe que embora inicie esse segundo capítulo do livro mencionando uma experiência vivida por ele, logo em seguida o autor passa a relatar fatos e informações relativas à personagem sobre a qual escreve. Ele é um observador da história de Chachá.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Exemplo de carta de reclamação


A carta de reclamação é utilizada quando o remetente descreve um problema ocorrido a um destinatário que pode resolvê-lo. É considerado um texto persuasivo, pois o interlocutor tenta convencer o receptor da mensagem a encontrar uma solução para o problema apontado na carta.


Porto Velho, 29 de março de 2011.


Assunto: computador entregue com estragos aparentes


Exmo(s). Senhor (es),


No último dia 05 de Fevereiro, dirigi-me ao seu estabelecimento, situado na Rua do equívoco, nº 2, como endereçado, a fim de comprar um computador. Após escolher o modelo que me interessou, solicitei que a mercadoria fosse entregue na minha casa. Para tanto, assinei a nota de encomenda e paguei a taxa para que fosse realizado o serviço. No dia 10 do mesmo mês, foi-me entregue o computador encomendado, no entanto, após ligar o aparelho na tomada constatei que o mesmo emitia mais de 8 apitos e não funcionava.
Diante deste fato, recusei o computador e solicitei que me fosse enviado outro exemplar em excelente estado, o que faria jus ao valor já pago. Entretanto, até a presente data continuo à espera.
O atraso na resolução do problema vem ocasionado vários transtornos ao meu cotidiano. Por este motivo, demando que outro computador de mesma marca e modelo seja entregue, sem falta, dentro de 3 dias úteis. Caso contrário, anularei a compra e exijo o dinheiro do pagamento de volta.


Sem mais,

João da Silva.

Extraído de http://metapvh.blogspot.com.br/2011/05/carta-argumentativa.html

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pronomes de tratamento utilizados na carta argumentativa


  O emprego de “Senhor”. Os pronomes de tratamento são expressões do distanciamento e da subordinação em que uma pessoa voluntariamente se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e ensejar um relacionamento cortês. O principal pronome de tratamento, consagrado universalmente e o único que as pessoas comuns devem usar como necessária manifestação de respeito, não importa a quem estejam se dirigindo, é “Senhor”/”Senhora” usando-se sempre o tratamento direto.
   O emprego de “Doutor”. A palavra “Doutor” tem dois únicos significados e, consequentemente, deveria ser empregada somente nos casos a eles pertinentes: “médico”, por tradição, ou um determinado grau de estudo universitário obtido em uma especialização além do bacharelado.
  
1-Vossa Excelência ( V. Ex.ª ).Emprega-se, no meio oficial para:

Presidente da República
Vice-Presidente da República
Ministros de Estado
Chefe do Estado Maior das Forças Armadas
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República
Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República
Consultor Geral da República
Chefe do Serviço Nacional de Informações
Presidentes e Membros das Assembléias Legislativas dos Estados
Governadores de Estado e Vice-Governadores
Prefeitos Municipais
Secretários de Estado
Senadores
Deputados
Juizes do Trabalho, Juizes de Direito e Juizes Eleitorais
Procurador Geral da República
Embaixadores e Cônsules
Generais e Marechais
Forma de endereçamento:: Excelentíssimo Senhor (Exmº. Sr) e Meritíssimo Senhor (MM) para juizes

2-Vossa Senhoria ( V. S.ª ), emprega-se, no meio oficial para:

Funcionários graduados
Organizações comerciais e industriais
Particulares em geral
Forma de endereçamento: Ilustríssimo Senhor (Ilmº. Sr.)


3-Vossa Eminência ( V. Em.ª ), emprega-se, no meio oficial para:

Cardeais
Forma de endereçamento: Eminentíssimo Senhor ( Emm.º Sr. )

Vossa Excelência Reverendíssima ( V. Ex.ª. Rev.ma ), emprega-se, no meio oficial para:

Arcebispos e Bispos
Forma de endereçamento: Excelentíssimo Senhor ( Exm.º Sr. )


4-Vossa Santidade ( V .S. ). emprega-se, no meio oficial para:

Papa
Forma de endereçamento: Santíssimo Padre ou Beatíssimo Padre…


5-Reverendo ( Rev.do.), emprega-se, no meio oficial para:

Sacerdotes
Clérigos
Religiosos
Forma de endereçamento: Reverendo…


6-Vossa Magnificência, emprega-se, no meio oficial para:

Reitores de Universidades
Forma de endereçamento: Magnífico Reitor…


7-Vossa Majestade ( V. M. ), emprega-se, no meio oficial para:

Imperadores
Reis
Rainhas
Forma de endereçamento: A Sua Majestade, Rei ….(ou Rainha)

Vossa Alteza ( V. A.), emprega-se, no meio oficial para:

Príncipes e Princesas
Forma de endereçamento: A Sua Alteza, Príncipe… (ou Princesa)

  
Em tempo:


A fórmula por extenso é uma exigência somente para Presidente da República e Governador de Estado, mas pode ser estendida para as demais autoridades, pois com o advento do computador ficou mais fácil usá-la (já imaginaram quanto se gastava para datilografar ‘Vossa Excelência’ cada vez que esse tratamento aparecia no texto?). No entanto, o redator precisa ser coerente usando ou todas as formas abreviadas ou todas por extenso – inclusive “doutor” – desde o endereçamento.

Informações extraídas de

http://blig.ig.com.br/portaldeescrita/2008/11/20/carta-argumentativa/

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Diferença entre carta pessoal e carta comercial

Carta pessoal

Escrevemos uma carta pessoal quando queremos nos comunicar com alguém próximo de nós, como amigos ou familiares.

As características desse tipo de gênero textual são simples, ou seja, não possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. Vejamos:

• O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental.

• O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é considerado bilhete e não carta.

• O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se pode usar termos coloquiais ou mesmo gírias.

• Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 1. local e data escritos à esquerda, 2. vocativo, 3. corpo do texto e 4. despedida e assinatura.

Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por consequência, também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo Fulano, Fulaninho, Caro Senhor, Estimado cliente, etc. A pontuação após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos.

Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar entre Atenciosamente, Cordialmente, etc. até Adeus, Saudades, Até em breve, etc.

Quanto à assinatura, pode ser desde só o primeiro nome até o apelido, dependendo da situação.

Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação).

A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio, pois é manuscrita!

Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino “post scribere” que significa “escrever depois”!

Por Sabrina Vilarinho  - Graduada em Letras - Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/redacao/carta-pessoal.htm

Carta comercial


A carta comercial, também chamada de correspondência técnica, é um documento com objetivo de se fazer uma comunicação comercial, empresarial.

A redação comercial tem como características comuns:

a) clareza: o texto, além de ser claro, deve ser objetivo, como forma de evitar múltiplas interpretações, o que prejudica os comunicados e negócios.

b) estética: a fim de causar boa impressão, o texto deve estar bem organizado e dentro da estruturação cabível. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas ao papel.

c) linguagem: seja conciso e objetivo: passe as informações necessárias, sem ficar usufruindo de recursos estilísticos. Seja impessoal, ou seja, não faça uso da subjetividade e de sentimentalismo. E por fim, escreva com simplicidade, mas observando a norma culta da língua.

É muito importante que haja correção, pois um possível equívoco pode gerar desentendimento entre as partes e possíveis prejuízos de ordem financeira.

Como fazer uma carta comercial? Vejamos a estrutura que deve ser seguida:

1º passo: O papel deve ter o timbre e/ou cabeçalho, com as informações necessárias (nome, endereço, logotipo da empresa). Normalmente, já vem impresso.

2º passo: Coloque o nome da localidade e data à esquerda e abaixo do timbre. Coloque vírgula depois do nome da cidade! O mês deve vir em letra minúscula, o ano dever vir junto (2008), sem ponto ou espaço. Use ponto final após a data.

3º passo: Escreva o nome e o endereço do destinatário à esquerda e abaixo da localidade e data.

4º passo: Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor(Senhores), Caro cliente, Senhor diretor, Senhor Gerente, etc.

5º passo: Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação a...”, “Em atenção à carta enviada..”, “Em atenção ao anúncio publicado...”, “Atendendo à solicitação...”, “Em cumprimento a...”, “Com relação ao pedido...”, “Solicito que...”, “Confirmamos o recebimento”, dentre outras.

Observação: Evite iniciar com “Através desta”, “Solicito através desta”, “Pela presente” e similares, pois são expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio de comunicação adotado é a carta.

6º passo: Exponha o texto, como dito anteriormente, de forma clara e objetiva. Pode-se fazer abreviações do pronome de tratamento ao referir-se ao destinatário: V.Sª.; V. Exa.; Exmo.; Sr.; etc.

7º passo: Corresponde ao fecho da carta, o qual é o encerramento da mesma. Despeça-se em tom amigável: Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, Com elevado apreço, Saudações cordiais, etc.

Observação: Evite terminar a carta anunciando tal fato (Termino esta) ou de forma muito direta (Sem mais para o momento, despeço-me).

Modelo de carta comercial

 
Loja da Maria

Maria e Cia. Ltda.
Comércio de utensílios
Av. João, 1000
Goiânia – GOGoiânia, 03 de março de 2008.
Ao diretor
Joaquim Silva
Rua das Amendoeiras, 600
Belo Horizonte – MG

Prezado Senhor:

         Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao mês de fevereiro. Informamo-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique o pagamento. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda a nova conta bancária.         Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e consideração.
Atenciosamente,
Amélia Sousa
Gerente comercial 

Por Sabrina Vilarinho  - Graduada em Letras

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Gíria e Jargão


Gíria e jargão: A língua muda conforme situação


A língua varia no tempo e no espaço. Há ainda as variações linguísticas dos grupos sociais (jovens, grupos de profissionais, etc) e até mesmo, há variação quando um único indivíduo, em situações diferentes, usa diferentemente a língua, de forma a se adequar ao contexto de comunicação. Uma dessas variações é a "gíria", que são as palavras que entram e saem da moda, de tempos em tempos.

Você conhece o "Dicionário dos Mano"? Aqui vão alguns exemplos:

Mano não briga: arranja treta.
Mano não cai: capota.
Mano não entende: se liga.
Mano não passeia: dá um rolê.
Mano não come: ranga.
Mano não fala: troca ideia
Mano não ouve música: curte um som.

A gíria teve sua origem na maneira de falar de grupos marginalizados que não queriam ser entendidos por quem não pertencesse ao grupo. Hoje, entende-se a gíria como uma linguagem específica de grupos específicos, como os jovens. Grupos sociais distintos têm seus "modos de falar", como é o caso dos mais escolarizados e, até mesmo, os grupos profissionais que se expressam por meio das linguagens técnicas de suas profissões.

Jargão

Jargão é o modo de falar específico de um grupo, geralmente ligado à profissão. Existe, por exemplo, o jargão dos médicos, o jargão dos especialistas em informática, etc.
Imagine que você foi a um hospital e ouviu um médico conversando com outro. A certa altura, um deles disse:
"Em relação à dona Fabiana, o prognóstico é favorável no caso de pronta-suspensão do remédio."
É provável que você tenha levado algum tempo até entender o que o médico falou. Isso porque ele utilizou, com seu colega de trabalho, termos com os quais os dois estão acostumados. Com a paciente, o médico deveria falar de uma maneira mais simples. Assim:
"Bem, dona Fabiana, a senhora pode parar de tomar o remédio, sem problemas"
Diferentes situações de comunicação
Uma mesma pessoa pode escolher uma forma de linguagem mais conservadora numa situação formal ou um linguajar mais informal, em situação mais descontraída. Quantas vezes, isso não acontece conosco, no cotidiano? Na família e com amigos, falamos de uma forma, mas numa entrevista para procurar emprego é muito diferente. Essas diferenças linguísticas dependem de:
familiaridade ou distância dos que participam do ato de linguagem;
grau de formalidade da ocasião;
tipo de texto usado: conferência, texto escrito, conversa, artigo etc.

Portanto, para saber se adequar a diferentes situações de comunicação, com variações linguísticas próprias de cada ocasião, você precisa ser um "poliglota na própria língua"...

Alfredina Nery, professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Recursos formais do poema


Recursos formais do poema

Verso: É cada uma das linhas que constituem um poema.
Ex:
Vamos brincar de poesia?
(José Paulo Paes)

Estrofe:  É um grupo de versos em que se divide um poema.

Ex:
“Poesia
É brincar com palavras
Como se brinca
Com bola, papagaio, pião.”
(José Paulo Paes)

Rima: Considera-se que a rima em muito demarca o ritmo do poema, conferindo-lhe a musicalidade e a melodia necessárias. A rima se caracteriza pela semelhança sonora das palavras, podendo ser retratada no final ou no interior dos versos e em posições variadas. De acordo com essas posições, as rimas podem se apresentar como:

Alternadas (ABAB):

Se uma lágrima as pálpebras me inunda, A
Se um suspiro nos seios treme ainda, B
É pela virgem que sonhei!... que nunca A
Aos lábios me encostou a face linda! B
Lembrança de morrer (Álvares de Azevedo)

Interpoladas ou cruzadas (ABBA):

De tudo, ao meu amor serei atento A
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto B
Que mesmo em face do maior encanto B
Dele se encante mais meu pensamento A
Soneto de fidelidade (Vinícius de Moraes)

Emparelhadas (AABB) e mistas, apresentando outros tipos de combinações

Vagueio campos noturnos A
Muros soturnos A
Paredes de solidão B
Sufocam minha canção B
A luta corporal (Ferreira Gullar)

Ritmo: É efeito de musicalidade que pode ser produzido pela alternância de sílabas poéticas átonas e tônicas, pela repetição de sons ou de palavras, alternância de termos e palavras nos versos e nas estrofes.



CavaLEIro das ARmas esCUras,
Onde VAIS pelas TREvas imPUras
Com a esPAda sanGRENta na MÃO?
...
Meu sonho (Álvares de Azevedo)

Adaptado de:

Figuras de harmonia


Algumas figuras de linguagem

Aliteração é uma figura de harmonia que consiste na repetição da mesma consoante ou de consoantes similares num verso/conjunto de versos, em uma frase:

“O rato roeu a roupa do rei de Roma”

Assonância é uma figura de harmonia que consiste na repetição da mesma vogal tônica ao longo de um verso ou poema:

“A bela bola
rola:
a bela bola de Raul”.
(Cecília Meireles)

Onomatopéia uma figura de harmonia que ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som:

“E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.”
(Machado de Assis)

Paranomásia é uma figura de harmonia que consiste na reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diversos:

“Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
(Caetano Veloso)

Adaptado de:





sábado, 18 de agosto de 2012

Textos sobre "a influência da televisão"


Texto I
O espelho

Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos críticos televisivos.
[..]
Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. [...]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. 
[...]
 Marcello Migliaccio
Folha de S. Paulo, 19/10/2003.

Texto II
A influência negativa da televisão para as crianças 

Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crianças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o momento e sem qualquer responsabilidade.
Jussara de Barros
Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao

Vocabulário
 “in” [inglês] – na moda
brioso –  orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os lugares.

Extraído de: http://200.141.78.79/dlstatic/10112/825379/DLFE-196421.pdf/Provalp1bi9ano.pdf

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quanto vai restar da floresta?


Quanto vai restar da floresta?

No fim do ano passado, cientistas do Brasil e dos Estados Unidos fizeram uma previsão que deixou muita gente de cabelo em pé: quase metade da Amazônia poderia sumir nos próximos 20 anos, devido a um projeto de asfaltar estradas, canalizar rios e construir linhas de força e tubulações de gás na floresta.
O governo, que é responsável pela preservação da Amazônia e pelas obras, acusou os cientistas de terem errado a conta e estarem fazendo tempestade em copo d’água.
Você deve estar pensando, no final das contas, se a floresta está em perigo. A resposta é: se nada for feito, está.

Fonte: Cláudio Ângelo, Folha de São Paulo, São Paulo, 10/02/2001.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Locutor e interlocutor: textos publicitários + questões



TEXTO I

Noel querido,

No próximo dia 24 vou oferecer uma ceia para alguns amigos em minha casa, em petit comitê. Eu adoraria poder contar com a sua presença. E, se você quiser trazer um presente para a anfitriã, não vou me importar, pelo contrário, até dou uma sugestão: você já viu a nova linha de monitores de plasma da Gradiente? É um must! Design clean, tecnologia de última geração. Ficaria o máximo ao lado de minhas obras modernistas. Apenas um pedido, querido. Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. Um beijo.
____________________
(Seu nome)


TEXTO II

E aí, Papai Noel, Belê?

A parada é a seguinte: eu, ___________________, tô muito a fim, a finzaço  mesmo, de ter um Mini System Titanium da Gradiente no meu quarto, aquele que reproduz MP3 com 5.000 Watts de potência, ta ligado? Sabe como é: eu queimo uns CDs MP3, convido a mina para ouvir um som da hora, a gente troca umas idéias e aí, meu velho, você tá ligado, né? E então? Quebra essa pra mim, mano. O senhor, que já ta velhinho, não sabe como é difícil hoje em dia agradar a mulherada.

(VEJA, dezembro de 2003.)

1. O anúncio tem a finalidade de promover um aparelho de som de determinada marca. Para isso, simula a situação de uma pessoa que faz um pedido a Papai Noel.
a. Que tipo de texto é enviado a Papai Noel?
b. Quem você imagina que seja o locutor desse texto? Por quê?

2. A linguagem pode indicar tanto o grupo social a que pertence o locutor quanto o grau de intimidade existente entre os interlocutores.
Observe a linguagem empregada no texto II:

a. O locutor do texto trata Papai Noel de modo formal ou informal? Justifique sua resposta com algumas expressões do texto.

b. Identifique palavras ou expressões que façam parte da gíria dos adolescentes.
c. Em certo trecho, o locutor trata o interlocutor de modo respeitoso, provavelmente por causada idade do Papai Noel. Identifique a expressão que revela esse tratamento.

Adaptado de:


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Textos sobre interlocução


Leia os textos a seguir:

Texto 1:
- A mãe tá aí ?
- Não, ela foi na Ana.
- Quando ela volta?
- Daqui a pouco.

Texto 2:
- Sua mãe tá aí ?
- Não, ela foi na cabeleireira. Se você quiser entrar e esperar...
- Não, eu dou uma passada lá.

Texto 3:
- Poderia falar com a senhorita Rosana Alves?
- Ela não está.
- A que horas que posso encontrá-la ?
- Ela volta em 1 hora.
- Eu passo mais tarde então. Obrigado.

http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a5p.php?c=1&ati=7&ativa=5&tipo=p&titulo=No%E7%E3o%20de%20Interlocu%E7%E3o

Exercícios referentes a locutor e interlocutor

Exercícios referentes a noção de interlocução

I
Nas frases abaixo, tente perceber quem está mais em evidência: se é quem fala, se é aquele para quem se fala ou se são as duas partes.

a) Você deve tomar um comprimido a cada oito horas, por três dias.
b) Na noite passada, por volta das 22 horas, o prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, foi encontrado morto.
c) Deus abençoe a todos!. Vão em paz!
d) Cidadãos e cidadãs, prometo garantir saúde, educação e segurança para todo o povo brasileiro.
e) Sonhe com os anjinhos.
f) Me vê um cafezinho e a conta, por favor.
g) Isso vai cair na prova?
h) Corta só as pontas, uns três dedinhos.
i) Você está de castigo! Vai já para o seu quarto!
j) Quando a jogada for pela direita, vocês têm de cruzar perto da linha de fundo.
k) Quantos aninhos você tem?
l) No seu tempo, existia fotografia colorida?

II
Nas frases que se seguem, diga o que não está adequado, descubra o motivo e faça as modificações que as tornem coerentes com seus interlocutores, ou seja, com quem as fala e com quem as ouve:

a) Professor despedindo-se de seus alunos ao término da aula:
" Durmam bem. Sonhem com os anjinhos."
b) Padre despedindo-se dos fiéis após a missa:
" Falô aí, galera. A gente se esbarra."
c) Candidato a vereador apresentando suas metas, para conseguir votos:
" Se der tempo e sobrar verba, estou querendo melhorar as escolas públicas."
d) Genro falando com sua sogra:
" Sai da frente. Sua mãe não te deu educação?!"
e) Empregado falando com seu patrão:
" Eu já te disse que não é assim que se faz."

Adaptado de
http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a3p.php?c=1&ati=7&ativa=3&tipo=p&titulo=No%E7%E3o%20de%20Interlocu%E7%E3o

O locutor e o interlocutor


A noção de interlocução - que envolve os dois interlocutores e a situação - é uma noção fundamental para qualquer tarefa com a linguagem. Foi escolhida por nós como uma das competências necessárias para se chegar a ser um bom leitor e um bom usuário da língua, falada e escrita, porque a língua que nos interessa estudar e analisar é a língua em uso, que se dá entre aquele que fala ou escreve e aqueles que lêem ou escutam. A noção de interlocução, além de supor a existência de um locutor (o sujeito que fala ou escreve) e de alguém a quem a enunciação é dirigida (o interlocutor), supõe necessariamente a existência de uma situação, a situação de comunicação. É só no cruzamento de um locutor com um interlocutor numa situação específica que um enunciado ganha sentido.
    Tomemos como exemplo a frase Estou com frio. É possível imaginar diversas situações em que ela poderia ser proferida e os mais variáveis sentidos que poderiam ser a ela atribuídos:

1) Feche a janela, por favor.
2) Você sempre deixa a janela aberta.
3) Me aqueça.
4) Vamos embora?

    Tomemos como segundo exemplo a frase Há mendigos novamente morando embaixo da ponte. Imagine a diversidade de sentidos que ela pode ter, se proferida por um vereador preocupado com o embelezamento de sua cidade, se proferida por uma assistente pessoal,se proferida por um comerciante das redondezas, etc.
    Uma situação de escrita ou mesmo de fala não se dá sempre em forma de diálogo. Isto não significa, no entanto, que não haja um locutor, um interlocutor e uma situação de comunicação. Um conto, por exemplo: ele é narrado por alguém (neste caso, temos um narrador como locutor) e ele é escrito para alguém (os interlocutores, neste caso, são leitores imaginados). Um discurso de um candidato a um cargo político tem como locutor, obviamente, o candidato; como interlocutores, os possíveis eleitores, os partidários e os adversários; a eles o político se dirige e a eles tentará sensibilizar, comover, persuadir, dissuadir.
    Chegamos assim a perceber que a noção de interlocução traz outra, atrelada a ela: a noção de adequação da linguagem aos interlocutores, à situação de comunicação e à intenção.
   
adaptado de:
http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a0p.php?c=1&ati=7&ativa=0&tipo=p&titulo=No%E7%E3o%20de%20Interlocu%E7%E3o

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Frases comparativas gaúchas


É muito comum no sul do Brasil em especial no Rio Grande do Sul, a utilização de frases comparativas sempre que desejamos reafirmar algo do qual estamos falando que em geral resultam bem humoradas e cômicas.

  • 1.    Mais afiada que língua de sogra
  • 2.    Mais afiada que navalha de barbeiro caprichoso
  • 3.    Mais amontoado que uva em cacho.
  • 4.    Mais angustiado que barata de barriga pra cima.
  • 5.    Mais apertado que chapéu novo.
  • 6.    Mais apressado que cavalo de carteiro.
  • 7.    Mais apressado que cuspida de músico.
  • 8.    Mais assustado que cachorro em canoa.
  • 9.    Mais atirado que alpargata em cancha de bocha.
  • 10. Mais caro que alimentar elefante com bombom.
  • 11. Mais chato que pernilongo gordo.
  • 12. Mais complicado que calça de polvo.
  • 13. Mais comprido que cuspe de bêbado.
  • 14. Mais comprido que esperança de pobre.
  • 15. Mais comprido que suspiro em velório.
  • 16. Mais comprido que trova de gago.
  • 17. Mais conhecido que andar pra frente.
  • 18. Mais contente que centopéia de sapato novo.
  • 19. Mais contente que cão com dois rabos.
  • 20. Mais curto que coice de porco.
  • 21. Mais demorado que enterro de rico.
  • 22. Mais encolhido que tripa na brasa.
  • 23. Mais enfeitado que burro de cigano em festa.
  • 24. Mais enrolado que briga de polvos.
  • 25. Mais enrolado que linguiça de venda.
  • 26. Mais ensebado que telefone de açougueiro
  • 27. Mais estreito que garagem de bicicleta.
  • 28. Mais faceiro que guri de calça nova.
  • 29. Mais faceiro que mosca em tampa de xarope.
  • 30. Mais faceiro que sapo em banhado.
  • 31. Mais falso que nota de três.
  • 32. Mais fechado que porta de submarino.
  • 33. Mais fedorento que arroto de corvo.
  • 34. Mais feio que briga de foice no escuro.
  • 35. Mais feio que indigestão de torresmo.
  • 36. Mais fino que assobio de papudo.
  • 37. Mais fino que freada de bicicleta.
  • 38. Mais firme que prego na polenta.
  • 39. Mais folgado que colarinho de palhaço.
  • 40. Mais fácil que tabuada do um.
  • 41. Mais fácil que tirar doce de guri.
  • 42. Mais gordo que mosca de mercearia.
  • 43. Mais grosso que cintura de sapo.
  • 44. Mais grosso que rolha de poço.
  • 45. Mais imprestável que fósforo a prova de fogo.
  • 46. Mais informado que gerente de funerária.
  • 47. Mais inútil que alvo inflável para dardos.
  • 48. Mais inútil que buzina em avião.
  • 49. Mais inútil que para-lama de barco.
  • 50. Mais inútil que sauna no deserto.
  • 51. Mais lento que desfile de mancos.
  • 52. Mais lento que tartaruga grávida.
  • 53. Mais ligado que rádio de preso.
  • 54. Mais ligeiro que enterro de pobre.
  • 55. Mais longo que esperança de pobre.
  • 56. Mais magro e comprido que o mapa de Chile.
  • 57. Mais magro que piolho de peruca.
  • 58. Mais nervoso que gato em dia de faxina.
  • 59. Mais nervoso que peixe na Semana Santa.
  • 60. Mais nervoso que potro com mosca no ouvido.
  • 61. Mais nojento que mocotó de ontem.
  • 62. Mais ocupado que bombeiro do Titanic.
  • 63. Mais perdido que azeitona em pão doce.
  • 64. Mais perdido que cachorro em dia de mudança.
  • 65. Mais perdido que cachorro na procissão.
  • 66. Mais perdido que cebola em salada de frutas.
  • 67. Mais perdido que cego em tiroteio.
  • 68. Mais perdido que cão que caiu do caminhão de mudança.
  • 69. Mais perdido que marinheiro na Bolívia.
  • 70. Mais perdido que surdo em bingo.
  • 71. Mais perfumado que mão de barbeiro.
  • 72. Mais perigoso que barbeiro com soluço.
  • 73. Mais perigoso que cirurgião com soluço.
  • 74. Mais perigoso que macaco com navalha.
  • 75. Mais perigoso que muleta com rodinhas.
  • 76. Mais perigoso que trombada de anão.
  • 77. Mais pesado que pastel de batata.
  • 78. Mais pesado que porta-avião a remo.
  • 79. Mais pesado que sono de surdo.
  • 80. Mais pesado que sopa de mercúrio.
  • 81. Mais pobre que rato de igreja.
  • 82. Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro.
  • 83. Mais por fora que surdo em bingo.
  • 84. Mais preocupada que mãe de juiz.
  • 85. Mais quente que frigideira sem cabo.
  • 86. Mais rasteiro que umbigo de cobra.
  • 87. Mais saltitante que manco em tiroteio.
  • 88. Mais sujo que pau de galinheiro.
  • 89. Mais surrado que joelho de sapateiro
  • 90. Mais tranquilo que água de poço.




quarta-feira, 18 de julho de 2012

Conjunções

Classificação das conjunções

Conceito

Conjunção é a palavra invariável que une termos de uma oração ou une orações. No desempenho desse papel, a conjunção pode relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações sintaticamente equivalentes - as chamadas orações coordenadas - ou pode relacionar uma oração com outra que nela desempenha função sintática - respectivamente, uma oração principal e uma oração subornada. Observe:

Nossa realidade social é precária e nefasta.
A situação social do país é precária,mas ainda existem os individualistas.
Não se pode deixar de perceber que a situação social do país é precária.

Na primeira frase,a conjunção e une dois termos equivalentes: “precária” e “nefasta”. Na segunda frase, a conjunção mas une duas orações coordenadas : “a situação do pais é precária” e “ ainda existem individualistas.” É fácil perceber que cada uma dessas orações é completa em si mesma,podendo até mesmo ser separada da outra por ponto. Na terceira frase, a conjunção que une a oração “ não se pode deixar de perceber” à oração “ a situação social do país é precária.” Note que o sentido do verbo “perceber” ,é, no caso,”perceber que a situação social do país é precária.” Isso significa que a segunda oração é subordinada à primeira,pois atua como complemento do verbo dessa primeira oração. A conjunção que está unindo uma oração subordinada à sua oração principal.

Locuções conjuntivas

São chamadas locuções conjuntivas os conjuntos de palavras que atuam como conjunções. Essas locuções geralmente terminam em que: visto que, desde que, ainda que, por mais que, à medida que, à proporção que, etc.

As conjunções são primeiramente classificadas em coordenativas e subordinativas , de acordo com o tipo de relação que estabelecem. As conjunções coordenativas ligam termos ou orações sintaticamente equivalentes. As conjunções subordinativas ligam uma oração a outra que nela desempenha função sintática; em outra palavras,ligam uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada.

De acordo com o sentido das relações que estabelecem,as conjunções coordenativas são classificadas em:

01.aditivas ( exprimem adição,soma): e,nem,não só...,mas também..., etc;
02.adversativas ( exprimem oposição,contraste): mas,porém,contudo,todavia, entretanto,no entanto, não obstante,etc;
03.alternativas ( exprimem alternância ou exclusão): ou; ou...;ou...;ora...,ora...;etc;
04.conclusivas ( exprimem conclusão): logo,portanto,por conseguinte, pois (posposto ao verbo),etc;
05.explicativas ( exprimem explicação ): pois(anteposto ao verbo),que,porque,porquanto.

Já as conjunções subordinativas são classificadas em :

01..integrantes ( introduzem orações subordinadas substantivas ): que,se,como;
02.causais (exprimem causa) porque,como,uma vez que, visto que,já que,etc;
03.concessivas ( exprimem concessão) : embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de que,etc;
04.condicionais ( exprimem condição ou hipótese) : se,caso,desde que, contanto que,etc;
05.conformativa ( exprimem conformidade): conforme, consoante,,segundo,como,etc;
06.comparativas ( estabelecem comparação): como;mais...(do)que,menos...(do) que,etc;
07.consecutivas (exprimem conseqüência ): que,de sorte que,de forma que,etc;
08.finais ( exprimem finalidade): para que, a fim de que, que, porque,etc;
09.proporcionais ( estabelece proporção) : à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais...,menos...;etc;
10.temporais (indicam tempo ): quando, enquanto, antes que, depois que,desde que,logo que, assim que,etc.

Observação:

A classificação das conjunções devem ser feita a partir de seu efetivo emprego nas frases da língua. Por isso, as relações que apresentam não devem ser memorizadas: você deve consultá-las quando for necessário. O estudo efetivo do valor dessas conjunções só será possível quando observamos atentamente sua atuação.


Extraído de
http://eliorefecruzlima.blogspot.com.br/2010/05/coerencia-e-coesao.html