Todo jornal impresso ou televisionado é recheado de
notícias, as quais fazem parte do nosso cotidiano e são importantes para nos
mantermos atualizados!
Mas o que vem a ser uma notícia? O que ela precisa ter? Como
é feita?
Você tem curiosidade em saber: então, vamos lá!
Notícia é um
substantivo feminino e tem significado de informação, conhecimento,
notificação. No âmbito da imprensa quer dizer o resumo de um acontecimento ou
de um assunto!
Portanto, um
resumo não pode conter muitas linhas! A notícia deve comunicar o fato e não
traçar argumentos sobre ele.
O noticiário
na TV ou a notícia no jornal deve responder algumas questões, como: 1. qual é o
acontecimento; 2. Onde ele ocorreu: em que cidade, estado, país?; 3. Quando
aconteceu: que dia, mês, ano?; 4. Por que aconteceu: o que está por trás? e 5.
Quais foram as possíveis consequências?.
A notícia é
composta de duas partes: a manchete e o texto.
Manchete:
resume a notícia em poucas linhas (2 a 3) e tem o objetivo de atrair o leitor
para ler o texto.
Texto: os
fatos narrados do acontecimento em questão.
Deste modo,
quem escreve notícias deve ser um bom escritor, pois as palavras devem ter
combinações tais que atraiam leitores e telespectadores!
Você sabe o
que é um redator? Quando um jornal televisivo acaba, pode prestar atenção, os
nomes dos redatores são apresentados!
No jornal
falado, a presença de redatores, locutores e sonoplastas é muito importante!
Os redatores
são responsáveis por observar os fatos do dia, selecioná-los e redigir as
notícias sobre eles!
Os locutores
são os apresentadores de tais notícias e os sonoplastas os que dirigem o fundo
musical, como por exemplo: a música de abertura do jornal.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/redacao/o-jornal-noticia.htm
Leia mais e veja outro exemplo de notícia
Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%
Ritmo Aumentou em um ano, segundo INPE;
Ministério anuncia maior fiscalização
DEMÉTRIO WEBER
BRASÍLIA – O ritmo de
desmatamento na Amazônia cresceu 14,9% no período de um ano, entre agosto de
1999 e agosto de 2000, o que representa a devastação de 19.832 quilômetros
quadrados. É o que mostra estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) divulgada ontem pelo Ministério do Meio Ambiente. Com isso, o
desflorestamento na Amazônia já atinge mais de 589 mil quilômetros quadrados,
área superior à da Bahia. A projeção é preliminar e foi feita com base em
imagens coletadas por satélite. Estimativa já finalizada. com dados de agosto
de 1998 a agosto de 1999, indica que a velocidade de destruição da floresta
permaneceu estável em relação ao mesmo período anterior – a média de
desmatamento foi de 17 mil quilômetros quadrados a cada 12 meses.
O Fundo Mundial para a Natureza
(WWF) considerou o ritmo de desflorestamento “extremamente elevado” e
“insustentável a longo prazo”. “Se fo-rem mantidas as médias anuais de
desmatamento registradas na década de 90, em menos de dez anos a Amazônia
perderá uma área de floresta equivalente a todo o Estado do Acre”, diz nota
divulgada pela entidade. O documento destaca que, desde 1995, durante o governo
Fernando Henrique Cardoso, já foram destruídos 114.925 quilômetros quadrados na
região. Diante da projeção anunciada pelo Inpe, o ministério decidiu aumentar o
rigor nas autorizações de desmatamento em 43 municípios de Mato Grosso. Pará e
Rondônia. Esses Estados – têm respondido por 80% do desflorestamento nos
últimos anos. De 1997 a 1999, essas 43 cidades foram responsáveis por 5í% da
área devastada na Amazônia
[...]
O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 maio 2006. (Fragmento.)
Nessa notícia
jornalística observa-se que a linguagem é objetiva, formal, segue a variedade
padrão, e os dados são precisos ("devastação de 19.832 quilômetros
quadrados"). O narrador procura informar ao leitor a realidade dos fatos
sem fazer observações pessoais, e emprega a 3ª pessoa ("desmatamento na
Amazônia cresceu").
A notícia
apresenta quatro partes principais:
* a manchete
ou título principal: "Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%";
* o título auxiliar: "Ritmo
aumentou em um ano segundo INPE; ministério anuncia maior fiscalização”;
* o lide (do
inglês lead), que corresponde a todo o primeiro parágrafo;
* o corpo ou
texto da notícia, que vai do segundo parágrafo até o fim.
Essas partes
podem ser encontradas na maioria dos textos noticiosos, e cada uma cumpre uma
função especifica. Para começar, o título busca atrair a atenção do leitor e
anunciar, em poucas palavras, o conteúdo do texto. O verbo quase sempre aparece
no presente (cresce) e os artigos são dispensados (em vez de O desmatamento
cresce, apenas Desmatamento cresce). Da mesma maneira, adjetivos e advérbios
devem ser evitados: se o redator tivesse escrito "Desmatamento na Amazônia
tem crescimento espantoso" ou "Desmatamento na Amazônia cresce
muito", não estaria sendo tão preciso quanto conseguiu ser mencionando a
taxa desse crescimento (14,9%).
O título
auxiliar deve complementar o principal, acrescentando-lhe Informações. O
primeiro parágrafo, ou o lide, deve responder às perguntas básicas do
jornalismo: o que, quem, quando, onde, como e por quê. Nesse caso, temos:
* Quem: o
ritmo de desmatamento.
* Onde: na
Amazônia.
*O que:
cresceu.
*Como: 14,9%.
*Quando: no
período de um ano (agosto de 1999 a agosto de 2000).
*Por quê:
neste caso a pergunta não é respondida explicitamente – subentende-se que a
floresta foi desmatada porque certos grupos (madeireiros ou pecuaristas, por
exemplo) teriam interesse nisso. Observe que o quem não necessariamente
refere-se a um ser humano. Nesse caso, é representado pelo ritmo de
desmatamento.
O corpo ou
texto da matéria procede ao desenvolvimento mais amplo e detalhado dos fatos.
Observe que as informações são verídicas, atuais e relevantes. Há o predomínio
da função referencial, já que esse texto visa à informação.