sábado, 18 de agosto de 2012

Textos sobre "a influência da televisão"


Texto I
O espelho

Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos críticos televisivos.
[..]
Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. [...]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. 
[...]
 Marcello Migliaccio
Folha de S. Paulo, 19/10/2003.

Texto II
A influência negativa da televisão para as crianças 

Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crianças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o momento e sem qualquer responsabilidade.
Jussara de Barros
Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao

Vocabulário
 “in” [inglês] – na moda
brioso –  orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os lugares.

Extraído de: http://200.141.78.79/dlstatic/10112/825379/DLFE-196421.pdf/Provalp1bi9ano.pdf

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quanto vai restar da floresta?


Quanto vai restar da floresta?

No fim do ano passado, cientistas do Brasil e dos Estados Unidos fizeram uma previsão que deixou muita gente de cabelo em pé: quase metade da Amazônia poderia sumir nos próximos 20 anos, devido a um projeto de asfaltar estradas, canalizar rios e construir linhas de força e tubulações de gás na floresta.
O governo, que é responsável pela preservação da Amazônia e pelas obras, acusou os cientistas de terem errado a conta e estarem fazendo tempestade em copo d’água.
Você deve estar pensando, no final das contas, se a floresta está em perigo. A resposta é: se nada for feito, está.

Fonte: Cláudio Ângelo, Folha de São Paulo, São Paulo, 10/02/2001.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Locutor e interlocutor: textos publicitários + questões



TEXTO I

Noel querido,

No próximo dia 24 vou oferecer uma ceia para alguns amigos em minha casa, em petit comitê. Eu adoraria poder contar com a sua presença. E, se você quiser trazer um presente para a anfitriã, não vou me importar, pelo contrário, até dou uma sugestão: você já viu a nova linha de monitores de plasma da Gradiente? É um must! Design clean, tecnologia de última geração. Ficaria o máximo ao lado de minhas obras modernistas. Apenas um pedido, querido. Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. Um beijo.
____________________
(Seu nome)


TEXTO II

E aí, Papai Noel, Belê?

A parada é a seguinte: eu, ___________________, tô muito a fim, a finzaço  mesmo, de ter um Mini System Titanium da Gradiente no meu quarto, aquele que reproduz MP3 com 5.000 Watts de potência, ta ligado? Sabe como é: eu queimo uns CDs MP3, convido a mina para ouvir um som da hora, a gente troca umas idéias e aí, meu velho, você tá ligado, né? E então? Quebra essa pra mim, mano. O senhor, que já ta velhinho, não sabe como é difícil hoje em dia agradar a mulherada.

(VEJA, dezembro de 2003.)

1. O anúncio tem a finalidade de promover um aparelho de som de determinada marca. Para isso, simula a situação de uma pessoa que faz um pedido a Papai Noel.
a. Que tipo de texto é enviado a Papai Noel?
b. Quem você imagina que seja o locutor desse texto? Por quê?

2. A linguagem pode indicar tanto o grupo social a que pertence o locutor quanto o grau de intimidade existente entre os interlocutores.
Observe a linguagem empregada no texto II:

a. O locutor do texto trata Papai Noel de modo formal ou informal? Justifique sua resposta com algumas expressões do texto.

b. Identifique palavras ou expressões que façam parte da gíria dos adolescentes.
c. Em certo trecho, o locutor trata o interlocutor de modo respeitoso, provavelmente por causada idade do Papai Noel. Identifique a expressão que revela esse tratamento.

Adaptado de:


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Textos sobre interlocução


Leia os textos a seguir:

Texto 1:
- A mãe tá aí ?
- Não, ela foi na Ana.
- Quando ela volta?
- Daqui a pouco.

Texto 2:
- Sua mãe tá aí ?
- Não, ela foi na cabeleireira. Se você quiser entrar e esperar...
- Não, eu dou uma passada lá.

Texto 3:
- Poderia falar com a senhorita Rosana Alves?
- Ela não está.
- A que horas que posso encontrá-la ?
- Ela volta em 1 hora.
- Eu passo mais tarde então. Obrigado.

http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a5p.php?c=1&ati=7&ativa=5&tipo=p&titulo=No%E7%E3o%20de%20Interlocu%E7%E3o

Exercícios referentes a locutor e interlocutor

Exercícios referentes a noção de interlocução

I
Nas frases abaixo, tente perceber quem está mais em evidência: se é quem fala, se é aquele para quem se fala ou se são as duas partes.

a) Você deve tomar um comprimido a cada oito horas, por três dias.
b) Na noite passada, por volta das 22 horas, o prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, foi encontrado morto.
c) Deus abençoe a todos!. Vão em paz!
d) Cidadãos e cidadãs, prometo garantir saúde, educação e segurança para todo o povo brasileiro.
e) Sonhe com os anjinhos.
f) Me vê um cafezinho e a conta, por favor.
g) Isso vai cair na prova?
h) Corta só as pontas, uns três dedinhos.
i) Você está de castigo! Vai já para o seu quarto!
j) Quando a jogada for pela direita, vocês têm de cruzar perto da linha de fundo.
k) Quantos aninhos você tem?
l) No seu tempo, existia fotografia colorida?

II
Nas frases que se seguem, diga o que não está adequado, descubra o motivo e faça as modificações que as tornem coerentes com seus interlocutores, ou seja, com quem as fala e com quem as ouve:

a) Professor despedindo-se de seus alunos ao término da aula:
" Durmam bem. Sonhem com os anjinhos."
b) Padre despedindo-se dos fiéis após a missa:
" Falô aí, galera. A gente se esbarra."
c) Candidato a vereador apresentando suas metas, para conseguir votos:
" Se der tempo e sobrar verba, estou querendo melhorar as escolas públicas."
d) Genro falando com sua sogra:
" Sai da frente. Sua mãe não te deu educação?!"
e) Empregado falando com seu patrão:
" Eu já te disse que não é assim que se faz."

Adaptado de
http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a3p.php?c=1&ati=7&ativa=3&tipo=p&titulo=No%E7%E3o%20de%20Interlocu%E7%E3o

O locutor e o interlocutor


A noção de interlocução - que envolve os dois interlocutores e a situação - é uma noção fundamental para qualquer tarefa com a linguagem. Foi escolhida por nós como uma das competências necessárias para se chegar a ser um bom leitor e um bom usuário da língua, falada e escrita, porque a língua que nos interessa estudar e analisar é a língua em uso, que se dá entre aquele que fala ou escreve e aqueles que lêem ou escutam. A noção de interlocução, além de supor a existência de um locutor (o sujeito que fala ou escreve) e de alguém a quem a enunciação é dirigida (o interlocutor), supõe necessariamente a existência de uma situação, a situação de comunicação. É só no cruzamento de um locutor com um interlocutor numa situação específica que um enunciado ganha sentido.
    Tomemos como exemplo a frase Estou com frio. É possível imaginar diversas situações em que ela poderia ser proferida e os mais variáveis sentidos que poderiam ser a ela atribuídos:

1) Feche a janela, por favor.
2) Você sempre deixa a janela aberta.
3) Me aqueça.
4) Vamos embora?

    Tomemos como segundo exemplo a frase Há mendigos novamente morando embaixo da ponte. Imagine a diversidade de sentidos que ela pode ter, se proferida por um vereador preocupado com o embelezamento de sua cidade, se proferida por uma assistente pessoal,se proferida por um comerciante das redondezas, etc.
    Uma situação de escrita ou mesmo de fala não se dá sempre em forma de diálogo. Isto não significa, no entanto, que não haja um locutor, um interlocutor e uma situação de comunicação. Um conto, por exemplo: ele é narrado por alguém (neste caso, temos um narrador como locutor) e ele é escrito para alguém (os interlocutores, neste caso, são leitores imaginados). Um discurso de um candidato a um cargo político tem como locutor, obviamente, o candidato; como interlocutores, os possíveis eleitores, os partidários e os adversários; a eles o político se dirige e a eles tentará sensibilizar, comover, persuadir, dissuadir.
    Chegamos assim a perceber que a noção de interlocução traz outra, atrelada a ela: a noção de adequação da linguagem aos interlocutores, à situação de comunicação e à intenção.
   
adaptado de:
http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a0p.php?c=1&ati=7&ativa=0&tipo=p&titulo=No%E7%E3o%20de%20Interlocu%E7%E3o